Perspectivas democráticas para alternativas pós-extrativistas a partir da ideia de desenvolvimento dos candidatos a presidente do Brasil

AutorJosé Armando Ponte Dias Junior
CargoProfessor Adjunto da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Brasil)
Páginas1-25
REVISTA CATALANA DE DRET AMBIENTAL Vol. XII Núm. 1 (2021): 1 - 25
- Estudi -
https://doi.org/10.17345/rcda3043
PERSPECTIVAS DEMOCRÁTICAS PARA ALTERNATIVAS PÓS-
EXTRATIVISTAS NO BRASIL
DEMOCRATIC PERSPECTIVES TOWARDS POST-EXTRACTIVIST
ALTERNATIVES IN BRAZIL
JOSÉ ARMANDO PONTE DIAS JUNIOR
Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
(Brasil)
armandojunior@uern.br
Fecha de recepción: 21 de febrero de 2021 / Fecha de aceptación: 16 de abril de 2021
RESUMO: O modelo hegemônico de desenvolvimento responsável pela
difusão do fenômeno neoextrativista na América Latina é insustentável,
propiciando agudos impactos ambientais e estimulando um cenário de
crescentes conflitos sociais envolvendo os grandes empreendimentos
extrativistas. A superação desse paradigma rumo a possibilidades pós-
extrativistas e a compreensões alternativas de desenvolvimento passa por
transformações profundas nos modos de vida da sociedade, exigindo base de
sustentação democrática. Baseado nessas premissas, e limitando sua atenção
ao caso brasileiro, o presente artigo busca investigar quais elementos
democráticos podem sustentar transição econômico-ecológica de tão
significativo porte, buscando compreender se há indícios de que essa transição
a modelos pós-extrativistas possa ocorrer unicamente a partir da alternância de
governos. Como metodologia, o artigo toma como corpus os programas de
governo registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral pelos dois principais
candidatos a presidente da República nas eleições brasileiras de 2018,
identificando as semelhanças entre os modelos de desenvolvimento propostos,
para apontar, ao fim, que a democracia representativa não tem oferecido
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alternativas efetivas ao extrativismo, fazendo-se necessário nesse processo de
transição o incremento da participação política pelos canais não eleitorais da
democracia participativa.
RESUM: El model de desenvolupament hegemònic responsable de la difus
del fenomen del neoextractivisme a l'Amèrica Llatina és insostenible,
proporcionant impactes ambientals aguts i estimulant un escenari de conflictes
socials creixents en els quals s’insereixen grans empreses extractives. La
superació d’aquest paradigma cap a possibilitats post-extractives i
comprensions alternatives del desenvolupament requereix profundes
transformacions en les formes de vida de la societat i, per aquest motiu,
necessita una base democràtica de suport. Limitant la seva atenció al cas
brasiler, el present article tracta d’investigar quins elements democràtics poden
sostenir una transició econòmico-ecològica tan significativa, buscant entendre
si hi ha indicis que aquesta transició als models post-extractius, en un horitzó
proper, només es pugui produir a partir de l’alternança de governs. A la part
metodològica, l'article pren com a corpus els programes governamentals
registrats al Tribunal Electoral Superior del Brasil pels dos principals candidats
a la presidència de la República a les eleccions del 2018, identificant les
similituds entre els models de desenvolupament proposats, per assenyalar, al
final, que la democràcia representativa no ha ofert als ciutadans alternatives
efectives a l'extractivisme, fent necessari en aquest procés de transició
augmentar la participació política a través de canals no electorals de
democràcia participativa.
RESUMEN: El modelo hegemónico de desarrollo responsable de la expansión
del fenómeno del neoextractivismo en América Latina es insostenible,
generando agudos impactos ambientales y estimulando un escenario de
crecientes conflictos sociales que involucran a grandes empresas extractivistas.
La superación de este paradigma hacia posibilidades post-extractivistas y
comprensiones alternativas del desarrollo requiere cambios profundos en los
modos de vida de la sociedad y, por eso, necesita una base democrática de
apoyo. Partiendo de estas premisas y limitando su atención al caso brasileño,
este artículo busca investigar qué elementos democráticos pueden sustentar
una transición económico-ecológica tan significativa, buscando comprender si

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